O recolhimento de lixo, principalmente em períodos pós-limpeza de terrenos e depois de temporais, acaba deixando lixo doméstico encontrado para trás
O vereador e segundo secretário da Câmara Municipal de Dourados, Márcio Pudim (PSDB), utilizou a tribuna na sessão desta segunda-feira (23), para trazer à Casa a questão de recolhimento de lixo pela Litucera, quando realiza limpeza de terrenos ou retirada de árvores caídas e outros tipos de lixo, não recolhe outros tipos de lixo que houver no local.
“Sabemos que, quando se faz a limpeza pública, é de atribuição do morador fazer o recolhimento desse lixo, desses galhos, até os nossos ecopontos; também reconhecemos que o município carece de mais ecopontos, isso é fato, tanto é que nós estamos pedindo ao Poder Público algumas áreas a mais, para podermos criar novos ecopontos”, explanou o vereador.
Pudim disse então que as cobranças são frequentes: “A população nos cobra diurnamente e cabe ao vereador aqui, independentemente de ser base ou não, trazer essas demandas ao plenário e tentar ajudar de alguma forma; é claro, para cada situação há uma forma de pedir, porém eu não posso correr da minha função enquanto vereador”, e demostrou que “a empresa que faz a varrição, a roçada – a Litucera – é o contrato 138, de 2018, salvo engano, a primeira edição, depois renovou em 2022; eu sempre fui combativo desse contrato, porque tem 24 páginas, que foi aditivado na gestão anterior, e a gestão atual o herdou e tem validade até o ano que vem a sua vigência; presta um serviço de natureza pública, mas ela (a Litucera) passa roçando, passa limpando, e ela encontra lá um galho, ela encontra ali um produto ou utensílio doméstico que foi descartado, erroneamente, garrafas pet, garrafas de vidro, enfim, várias sujeiras que tem acumuladas em alguns locais, não todos, a empresa, então, tem se reservado a levar somente o produto do seu serviço que é a grama, deixando para trás o acumulado e as pessoas têm nos cobrado”, lamentou o parlamentar.
“Vereador a gestão do prefeito está excelente, o trabalho da Câmara está excelente, mas tem coisas que tem que ser feitas, que têm de ser revistas”, cobram alguns munícipes.
Para Pudim, falhas podem ocorrer e nenhum governo será exitoso 100%; nenhum trabalho legislativo será exitoso 100%. Para buscar melhorar o índice de cumprimento das obrigações, justifica, nós temos que fazer essas cobranças aqui no plenário. “Estarei encaminhando uma indicação via ofício, para que a empresa, se é da função contratual dela, (e eu entendo que é sim função contratual dela), que ela faça o serviço por completo. Se, porventura, entender o jurídico que não é atribuição dela recolher esses materiais, que ela faça junto a Semsur uma agenda, para que quando for fazer uma limpeza pública, que de fato a limpeza contemple o recolhimento todo e qualquer lixo ali depositado”, acentua Pudim.
Se você passa, você vê os caras trabalhando, bacana; aí quando você volta, parece assim, o que fizeram aqui? o mato estava alto e caiu mas a sujeira foi acumulando, porque, nós, enquanto seres humanos, (e eu me coloco também nesse público), contribuímos muito com a sujeira da nossa cidade, com a sujeira do mundo, enfim, mas a gente também reconhece que fazemos algumas coisas para tentar aliviar esse fardo e é importante que a população douradense tenha esse conhecimento, tenha essa noção.
Fazemos aqui a cobrança? Fazemos porque a função nossa constitucional de fazermos isso, mas também tem a função enquanto o ser humano, enquanto munícipe, enquanto pai de poder fazer essa família junto aos seus filhos, poder fazer o meio ambiente de forma que a gente não sofra as consequências das condições climáticas e a população: Olha, vereador, o seu pedido foi atendido, mas dá uma olhadinha nas fotos. Eu recebi algumas fotos aqui, e parei para ler o contrato novamente, para não vir a essa tribuna e falar, às vezes, uma besteira, porque o oba-oba aí fora é fácil; você pega uma informação, põe na cabeça, põe no coração e na força do ódio muitas vezes vem à tribuna e fala alguma coisa mais dura. Eu peguei essas informações, peguei as fotos e encaminhei para algumas pessoas da Segov. Eu entendo o que é a função da empresa fazer essas medidas e isso que estamos fazendo é o trabalho legislativo; isso é o trabalho do prefeito, isso é um trabalho do nosso jurídico – tentar fazer cumprir o máximo possível esse contrato.
Pudim, deixa claro seu posicionamento: “Lembrem, uma vez pactuado nesse contrato o serviço, ele tem que ser cumprido, não existe outra fórmula; se está pactuado que é função, atribuição, tem que ser feito. Mas nós, enquanto moradores, enquanto munícipes, enquanto pais, enquanto somos vereador, temos sim a obrigação de tentar trabalhar na mente das pessoas uma questão ambiental muito mais consciente que é entender que aquele lixo não nasceu ali; alguém foi lá, alguém jogou, alguém colocou esse lixo. Tem as questões de vento, de queda de árvore, a natureza, entendemos que existe sim, mas você fez a limpeza? você encontrou esse material? Chama a Semsur para fazer a limpeza, para que quando você passar no local você veja: de fato, olha, a limpeza foi feita com o tempo. Agora o que não pode é fazer uma limpeza, deixar lá o lixo acumulado, alguns sacos às vezes ficam para trás, os cachorrinhos passam lá rasgam; os humanos vão e chutam, esparramam, quer dizer, você fez uma malversação do dinheiro público, porque a finalidade ela foi concluída com êxito. Então nós vamos encaminhar isso para que o mais rápido possível tenhamos uma solução para esse problema”, finalizou.