Ação compreendendo notificação e inclusão nos controles nacionais durou 19 dias e é comemorada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública pela ‘agilidade do processo’
O Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR), órgão do Governo Federal, identificou, pela primeira vez, a circulação de três novas substâncias no país. Em boletim divulgado nesta quinta-feira, a entidade explica que duas delas “foram encontradas em um produto industrializado estrangeiro, conhecido como Magic Mushroom Gummies, da marca TRE Hoouse”.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, para ambas as substâncias, já há registros de circulação em países como Chile, Canadá e Bélgica. Ainda de acordo com o órgão, a identificação foi feita pela Polícia Científica de Santa Catarina, com o apoio da Polícia Federal.
A outra substância – N-pirrolidino protonitazeno (opioide sintético, da classe dos Nitazenos) – foi identificada a partir do exame de um “paciente que relatou ter consumido álcool e um comprimido”. A identificação foi feita pelo Laboratório de Toxicologia Analítica e pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas (CIATox-Campinas).
A investigação contou com apoio de integrantes de autoridades americanas, espanholas e francesas. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública celebrou “a agilidade do processo” entre a notificação e a inclusão nos controles nacionais, que durou 19 dias.
“Com o SAR, reforçamos o controle das substâncias que circulam, e isso é fundamental tanto do ponto de vista do enfrentamento aos mercados ilegais quanto do ponto de vista da prevenção no campo da política sobre drogas”, explicou a secretária de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado.

O sistema permite que qualquer pessoa envie uma notificação, que pode ser encaminhada para o e-mail [email protected]. O governo pede que “relatos sejam detalhados, com informações completas, para apoiar a correta avaliação dos casos”.
“Esse monitoramento contínuo é essencial para orientar políticas públicas, preparar hospitais e equipes de atendimento e dialogar com a sociedade civil”, explica Bárbara Cabellero, diretora de Pesquisa, Avaliação e Gestão de Informações do SAR.