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sábado, 9 de agosto de 2025

Ocupação do Congresso irrita Alcolumbre e Motta, que pedem solução negociada

A ocupação das mesas do Senado e da Câmara dos Deputados por senadores e deputados de oposição deixou os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), irritados com essas atitudes, principalmente depois que os “invasores” afirmaram que só desocuparão o local se o projeto da anistia for colocado em votação.

Essa irritação dos dois, dizem interlocutores, só aumentou depois que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou os desafios aos presidentes das duas Casas e dizer, em entrevista ao jornal “O Globo” que, se eles não pautarem o impeachment de Alexandre de Moraes e a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023, correm risco de sofrerem sanções.

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Alcolumbre e Hugo Motta estão particularmente irritados com o tom da oposição, de tentar impor na base da ameaça, a pauta do Senado e da Câmara. Eles lembram que a oposição bolsonarista não tem voto para impor essas pautas, a não ser que convençam outros aliados dentro do Congresso Nacional.

Segundo interlocutores, os presidentes das Casas classificaram o ato de ocupação das mesas do Senado e da Câmara como uma atitude arbitrária e um desafio às autoridades deles.

Motta também convocou sessão de líderes para amanhã.

Os dois encerraram as sessões desta terça-feira (5). Segundo interlocutores, eles esperam que os bolsonaristas entendam o ato arbitrário que estão cometendo e voltem atrás.

“Não será pela base da força que eles vão fazer o Congresso funcionar a favor deles. É com negociação e com votos”, disse um interlocutor dos dois presidentes. A situação foi classificada de muito delicada e uma demonstração de um lado autoritário dos aliados de Bolsonaro.

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Para evitar que outras pessoas invadam os plenários das duas casas, seguranças foram colocados nas entradas para permitir apenas que os parlamentares tenham acesso aos locais.

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