Uma equipe com 10 Policiais Militares Ambientais e um biólogo capturou, na madrugada desta quinta-feira (25), a onça pintada que atacou e matou Jorge Ávalos (60), na última segunda-feira, no Pesqueiro Touro Morto, localizado no Pantanal, em Aquidauana. O animal, um macho de 94 kg, está sendo levado para Campo Grande e ficará no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) para tratamento, análise e acompanhamento. Ele foi encontrado nas proximidades do local que havia atacado o caseiro.
Em coletiva de imprensa realizada ainda na terça-feira (22), o secretário-executivo da Semadesc, Artur Falcette, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), ressaltou que ataques desse tipo são extremamente incomuns na região. Ele disse que “estamos diante de um caso muito atípico. Esse não é um comportamento habitual da espécie. A captura do animal é essencial para entendermos o que motivou essa atitude e para que possamos estudar seu comportamento com mais precisão”, explicou.
Falcette informou ainda que a onça-pintada teria retornado à sede da fazenda na noite anterior, o que levou as equipes a concentrarem os esforços de captura nas imediações da residência.
Na quarta-feira (23), as câmeras de segurança instaladas no local, registrando em vídeos e fotos a rotina dos animais nas proximidades da sede, serão encaminhadas para perícia.
Esse material poderá contribuir para esclarecer o comportamento da onça-pintada e fornecer pistas sobre os momentos que antecederam o ataque. A expectativa é de que os primeiros resultados da análise estejam disponíveis nos próximos dias. “Uma das poucas certezas até o momento é a de que havia oferta de alimento, conhecido como ceva, para atrair animais silvestres no local. A prática, além de configurar crime ambiental, é extremamente perigosa, pois pode provocar alterações no comportamento natural dos animais”, destacou o coronel José Carlos Rodrigues, comandante da Polícia Militar Ambiental.
Os especialistas reforçam que não há motivo para pânico e que todas as medidas de segurança estão sendo adotadas. As equipes permanecem na região, atuando de forma cuidadosa e coordenada para garantir a proteção da população e o manejo adequado do animal.
