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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Globo Nordeste resgata com força e poesia o grito ancestral do povo nordestino

A campanha institucional é considerada um manifesto à cultura nordestina, um chamado à reflexão

Com a música “Filho do Dono”, composta por Petrúcio Amorim, o projeto denuncia os males da civilização — o abandono das raízes, a exploração da natureza, a desigualdade social — e reacende a chama da consciência coletiva.
Essa campanha não é apenas uma homenagem à cultura nordestina. É um manifesto. Um chamado à reflexão. Um lembrete de que o Nordeste não é coadjuvante na história do Brasil — é protagonista, é dono da terra, da luta, da esperança.

A força da mensagem se multiplica nas vozes de grandes artistas que emprestam sua alma à canção: Petrúcio Amorim, Nadia Maia, Jorge de Altinho, Cristina Amaral, Santanna, Irah Caldeira, Flávio José, Rogério Rangel, Marron Brasileiro, Geraldinho Lins, Almir Rouche, entre outros.

Cada interpretação é um testemunho vivo da resistência cultural que pulsa no coração do sertão.

Para sentir a potência dessa campanha, assista ao vídeo Filho do Dono, Globo Nordeste que traz a essência da denúncia com imagens que dialogam com a letra e reforçam a urgência da mensagem.

Essa campanha é mais do que uma produção audiovisual. É um ato de coragem. Uma celebração da identidade nordestina. Um lembrete de que, apesar dos desafios impostos pela civilização, o povo do Nordeste segue firme, com a cabeça erguida e o coração cheio de história.

Porque o Nordeste não é filho do acaso. É Filho do Dono.

Filho do Dono

Não sou profeta
Nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo tá na cara

Um viajante
Na boléia do destino
Sou mais um fio da tesoura e da navalha

Levando a vida
Tiro versos da cartola
Chora, viola, nesse mundo sem amor

Desigualdade
Rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia que console um cantador

A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura
E o planeta sente a dor

O desespero
No olhar de uma criança
A humanidade fecha os olhos pra não ver

A ambição, o desamor, a ignorância
Aumenta o crime
Cresce a fome do poder

Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa
Porque sou filho do dono

Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa
Porque sou filho do dono

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