A angústia da família e amigos de Cesar Torquini de Oliveira, de 42 anos, que estava desaparecido desde a madrugada do último sábado (18/10), chegou ao fim de forma trágica. O corpo de Cesar foi encontrado sem vida na manhã de terça-feira (21/10) em uma área de vegetação próxima ao Córrego do Touro, na Avenida Amambaí, no Jardim Paraíso, em Naviraí. A vítima foi brutalmente assassinada com múltiplos golpes de madeira na cabeça.
O desfecho do caso veio acompanhado da rápida elucidação e prisão do suspeito. Wagner Santos, de 28 anos, foi detido pela equipe do SIG (Seção de Investigações Gerais) do 1º DP (Delegacia de Polícia Civil) de Naviraí, que vinha trabalhando no caso desde o registro do desaparecimento.
Cesar Torquini havia saído de casa por volta da 01h00 do sábado (18/10) com o objetivo de ir a Dourados, supostamente para levar a sobrinha de Wagner, seu colega de trabalho, para uma consulta médica. No entanto, uma amiga de Cesar que registrou o desaparecimento relatou à polícia que ela teria ligado para Wagner no sábado (18/10), para saber se ele tinha alguma informação sobre o paradeiro de Cesar, e ele teria dito que o amigo na noite de sexta-feira (17/10), por volta das 23h00, teria desmarcado a viagem a Dourados.
Apesar de inicialmente negar qualquer envolvimento ao prestar depoimento na segunda-feira (20/10),a equipe do SIG continuou as investigações e descobriu que o veículo de Cesar, um Renault Sandero prata, havia sido deixado por Wagner na cidade de Itaquiraí no domingo (19/10). A identificação do carro foi dificultada a princípio, pois a amiga de Cesar não soube informar a placa no momento do registro.
Confrontado com as evidências sobre o veículo, Wagner, que era supostamente amigo da vítima e colega de trabalho em Itaquiraí, acabou confessando o crime e levou os policiais até o local onde havia ocultado o corpo.
Segundo o relato do assassino, o primeiro golpe de madeira atingiu Cesar pelas costas, na nuca. Mesmo após cair, a vítima continuou a ser agredida com vários golpes até a morte.
O que chocou a investigação foi a frieza de Wagner após o ato. Após cometer o assassinato e ocultar o corpo em meio ao mato, ele teria mantido sua rotina de trabalho normalmente, inclusive utilizando o carro da vítima para levar outros colegas de serviço. No sábado (18), ele retornou a Naviraí com o veículo e, no domingo (19), voltou a Itaquiraí, onde o deixou, regressando para casa de ônibus.
Na segunda-feira (20/10), após prestar depoimento e negar o crime, Wagner ainda teria ido ao local do corpo de Cesar para jogar mais folhas por cima, tentando ocultar ainda mais o crime.
Wagner Santos foi autuado em flagrante e responderá pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. Ele permanece detido, à disposição da Justiça.
Fonte: Tanamidianavirai.com.br
