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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Coluna Fim de Tarde

Correios

De acordo com o colunista Cláudio Humberto o Correios está bem próximo de registrar rombo de R$10 bilhões só em 2025. Na iminência de um colapso, a estatal Correios luta para manter o Postal Saúde, plano de saúde exclusivo para funcionários, aposentados e dependentes, que drena bilhões dos cofres públicos. Além dos cônjuges e filhos, o plano também beneficia pais dos funcionários e mais 203 mil aposentados. A cada três meses, R$700 milhões são tirados de quem paga impostos para cobrir o rombo do Postal, que aumentou 80% em relação a 2024.

Anarquia institucional

Aldo Rebelo, depois que Gilmar Mendes legislou para blindar ministros do Supremo Tribunal Federal (que até mesmo o petista José Dirceu diz que de Supremo não tem nada), afirmou em alto e bom tom que “vivemos em um estado de pré-anarquia institucional”. Rebelo, que tem um currículo respeitável no meio político, viveu muita coisa, tendo sido três vezes ministro, até da Defesa, e presidente da Câmara, mas afirma que jamais viu nada parecido. E se depender de qualificação, é certo que ele sabe muito bem o que está falando.

Começou a dança

Há quase um ano das eleições, a orquestra já entonou os primeiros acordes e os “dançarinos inveterados de plantão” já ensaiam seus primeiros passos. Talvez nunca tenha aparecido tantos pretendentes à dança das cadeiras que se avizinha. E a coisa está bem diversificada. O senado, por exemplo, já tem tantos nomes que seria preciso abrir pelo menos mais duas vagas para acomodar tantos pés-de-valsa. As cadeiras da Câmara dos Deputados também estão na mira de um sem-número de candidatos, esparramados por todo o estado. Vai ter gente batendo cabeça durante a campanha, entre novos pretendentes e as figuras já carimbadas dos períodos eleitorais. E as vagas da Assembleia? Será que a disputa será acirrada? Só acompanhando de pertinho pra saber, se conseguir entender.

Campanha

Em todos os níveis, tem gente que já está declaradamente debruçado na campanha pela sua vaguinha. Talvez nunca tenhamos visto tanta gente querendo mostrar que está trabalhando duro pelo estado e/ou pelas cidades. A corrida atrás de recursos se tornou uma verdadeira maratona, porque, claro, isso contribuirá mais à frente na sustentação dos trabalhos eleitorais. Tem gente que nunca foi vista que hoje já cansam a população com sua imagem veiculada desde aniversário até inauguração de obras e entregas de serviços. Alguns começam a caminhada bem cedinho, madrugando mesmo, e chegam a visitar cinco ou mais municípios, querendo tornar sua figura conhecida e reconhecida como “amigo do povo da cidade”. Antigamente se corria atrás do candidato para conseguir uma foto; hoje já está sendo necessário correr deles. E… os tempos mudaram mesmo.

Mínimo

O governo federal oficializou que o salário mínimo de 2026 será de R$1.621, o que representa aumento de R$103 em relação ao valor vigente. Confirmado nesta quarta-feira, 10, o reajuste segue a política que considera a inflação medida pelo INPC e o crescimento do PIB de dois anos antes, neste caso, o avanço de 3,4% registrado em 2024. A correção de 6,79% passa a valer em janeiro, com repercussão nos pagamentos de fevereiro. O novo piso terá impacto direto em despesas vinculadas ao salário mínimo, como aposentadorias e pensões do INSS, seguro-desemprego, abono salarial e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Diferença

Apesar do aumento, levantamento do Dieese indica que o valor ficou distante do salário mínimo ideal. Em setembro de 2025, a entidade estimou que o piso necessário para garantir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$7.075,83, considerando o custo da cesta básica mais cara do país, registrada em São Paulo. Ao longo de 2025, o valor calculado pelo Dieese se manteve acima de R$7 mil, em janeiro, chegou a R$7.156,15, e representou mais de quatro vezes o salário mínimo então em vigor, evidenciando a defasagem entre o piso nacional e o custo de vida das famílias brasileiras.

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